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Equilíbrio entre vida profissional e pessoal

A pressão por prazos e resultados se intensifica no ambiente corporativo, tornando o stress parte integrante do cotidiano e gerando executivos cada vez mais suscetíveis ao excessivo desgaste físico e mental.

O que poucos enxergam, todavia, é que para ser bem sucedido como gestor corporativo e conseguir atender a todas as demandas e responsabilidades de sua área é necessário ser capaz de gerenciar também aspectos da vida pessoal. Na lista de competências e nas ocupadas agendas desses profissionais, é imprescindível que haja espaço para o bem-estar e para a qualidade de vida. Planejamento, organização e disciplina são palavras-chaves para o devido gerenciamento do tempo escasso e dos prazos apertados, além de essenciais para o sucesso de qualquer projeto.

Quando a vida profissional se torna mais relevante que a pessoal, é o momento de lembrar que máximo desempenho não é sinônimo de alto desgaste. O corpo e a mente humana exigem descanso a fim de produzir as substâncias químicas necessárias para gerar novas idéias e pensamentos e, com isso, atingir melhor performance. A grande fonte de energia para as baterias vitais chama-se equilíbrio.

O equilíbrio está em saber qual é dose de energia ideal a ser dispensada no trabalho. Esta energia pode ser considerada exagerada quando não provém mais do prazer em realizar, mas surge do impulso obsessivo que não impõe limites e ocasiona graves efeitos colaterais. Ter paixão pelo trabalho é fundamental, e existem momentos em que pode ser necessário colocar mais energia nessa atividade (lançamento de um produto, finalização de um projeto, fusão corporativa, podem ser alguns exemplos). Entretanto, o problema surge quando esses momentos tornam-se freqüentes. Atitude e autoconhecimento são fundamentais para que cada pessoa identifique seus próprios limites – físicos, sociais e emocionais – e dessa forma evite transtornos.

Os executivos mais jovens, achando-se distantes de complicações na área da saúde, ignoram o excesso de trabalho e o alto nível de stress de forma mais visível do que os indivíduos acima dos 40 anos, que já sentem mais claramente o peso dos anos e a importância do conceito “prevenção”.

Esta percepção chega a cada um de modo bastante específico. Pode vir de forma lenta e gradual, com a mudança paulatina de hábitos e estilo de vida, ou como uma “ruptura”, provocada por algum “susto” com um problema de saúde (próprio, de um amigo ou de um familiar), pela percepção de que o casamento fracassou pelo pouco tempo que se dedicou a nutri-lo, pelos problemas com filhos adolescentes, entre outros.

Harmonizar-se nas diversas dimensões da vida – física, emocional, social, intelectual, emocional e espiritual – é a principal maneira de aprimorar a qualidade de vida sem ignorar a carreira e as tarefas necessárias. O autoconhecimento dá ferramentas para que cada um identifique o momento adequado de investir mais em cada uma dessas áreas.

Uma boa capacidade de gestão pessoal de saúde e estilo de vida parte do alicerce de todas as dicas conhecidas. Boa alimentação, sono suficiente e reparador, vida ativa, gostar do que faz, ter autoconfiança, auto-estima, manter relacionamentos saudáveis, ter propósito de vida, ter fortes valores, investir em conhecimentos, buscar momentos de proximidade com a natureza, saber quando é a hora certa de desligar, valorizar os momentos importantes da vida e, acima de tudo, estar de bem com a vida.

Fonte: Rita Passos é Diretora de Desenvolvimento e Comunicação da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), Psicóloga e Pós-graduada em Administração de Recursos Humanos e em Comunicação Social.Tel.: (11) 3266-6497 e-mail: abqv@abqv.org.br e site www.abqv.org.br